6 de junho de 2010

O que ficou do amor é solidão.


Você me fazia parecer menos só. Mas você foi embora e eu fiquei cada vez mais só.
Agora eu vou vivendo sem sentido, dando um passo de cada vez. Olhando na janela o tempo passar, esperando algum motivo pra que a solidão não seja apenas o meu cigarro. Eu não sei mais de nada, eu não sou mais de ninguém, eu sigo porque me convém. Nada vai acalmar o meu coração, nem a paz da razão muito menos a televisão. Os meus olhos têm a fome do horizonte, por isso continuo a transformar lágrimas em palavras.
Eu deveria ter percebido que a sua face era um espelho sem promessa e que eu não compreendia a voz dos seus olhos. Mas como tudo que se ganha nessa vida é pra perder e nada permanece inalterado até o fim eu vou vivendo assim.