13 de janeiro de 2011

Medo

Carreguei comigo a solidão durante muito tempo, agora me visto de saudades quando sinto teu cheiro na fronha do travesseiro. Sozinha, perdida em meus lençóis, as cores mudam de tom e as luzes cegam a minha vista, mas minha cor é uma só. E se choro é por causa de você, se eu deixo os dias passarem assim é porque perdi a vontade de viver, mas sei que não vou fugir, não vou escapar. Quero olhar você sorrir porque creio demais em ti. Creio até demais. E isso me dá medo. Medo de você me decepcionar assim como outros já fizeram. Medo de que eu já não seja boa o suficiente pra você, medo de você cansar dos meus defeitos, cansar do meu jeito teimoso, ciumento e acima de tudo, medo de você cansar do meu carinho, do meu abraço, do meu beijo e dos meus olhos a admirar os teus. Tenho medo que a tua hombridade suma em atitudes que disse jamais cometer. Que suas palavras já não façam mais sentido e que sua verdade não valha nada.